terça-feira, 15 de setembro de 2009

A garota loura, atraente, veio ao meu encontro na salaa e sentou a meu lado no sofá.
- Me acomodei em seu quarto. Espero que não tenha problemas - a voz dela era doce, suave.
- Ah, claro que não - fechei meu livro e coloquei no lugar vazio ao meu lado - Lilian - disse a ela e estendi meu braço abrindo minha mão para que ela pegasse em minha mão - Mas pode me chamar de Lilly - sorri como um ato simpático.
- Nicholle - ela sorrio e pegou em minha mão.
- E eu sou Adam - disse uma voz encantadora, não muito grossa nem muito fina, perfeita. Uma voz aveludada.
Me virei rapidamente para ver o Tom Cruise, ele estava me olhando, com algo na mão que não pude ver o que era distraida com a perfeição dele - Sou irmão da Nicholle - Ele deu um sorriso amarelo e envergonhado e quebrou o silêncio que se formava - Não querendo ser desconfortável, mas já que vamos morar juntos não devemos ter vergonha não é mesmo? Indo direto ao assunto.. tem alguma coisa pra comer?
- No mercado tem.
Nicholle soltou uma breve risada e disse a ele para ir ao mercado comigo enquanto ela esperava os outros chegar. Adam e eu concordamos.
- Vou pegar uma blusa então - disse a eles indo em direção ao meu quarto. Pus meu moletom vermelho e meu all star. Peguei minha carteira e a coloquei no bolso de meu moletom e voltei para a sala - pronto.
- Adam está te esperando em frente ao prédio - disse Nicholle.
- Obrigada - fui em direção a porta para desce, e a abri apressadamente quando trombei com uma garota toda maquiada e bem arrumada que estava cheias de malas pink nas mãos de um menino - lindo - atráz dela.
- Olha por onde anda garota - disse a fresca me encarando.
- Desculpa, hum.. Paris Hilton - disse olhando a ela dos pés a cabeça, fixei meus olhos nos dela e suspirei - E apropósito.. é Lillian, garota são para pessoas insignificantes. Estou sem tempo agora, mais depois agente conversa ta.. garota? - desci pelas escadas sem esperar que ela respirasse, e quando sai do prédio pude ver Adam encostado em um carro preto, de luxo.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Era quase o que eu esperava: um cafofo.
Eu estava na sala - provavelmente - pois havia um sofá e uma televisão que ficava em cima de uma caixa. Na minha direita havia a cozinha, ja tinha os armários, uma geladeira, um fogão e a pia. Na curiosidade - e na fome - resolvi abrir os armários. Comecei com o que estava mais próximo de mim e fui seguindo paraos outros, e para a minha surpresa não havia nada em nenhum deles. Na verdade havia uma gelatina vencida em um dos primeiros armários em que abri.
- Óimo - reclamei
Mais a frente da cozinha havia uma passagem que ia para a lavanderia, onde havia apenas um tanque, sem torneira.
Voltei para a sala com o objetivo de conhecer o resto do barraco.
Havia um corredor com cinco portas - duas de cada lado e uma que findava o corredor. Imaginei que fosse os quartos e o banheiro.
Segui para o corredor e abri porta por porta. Na primeira tinha dois beliches velhos com uns colchões em um estado crítico. Parti para a próximo onde havia um beliche, e uma bi-cama. A bicama estava em bom estado como seus dois colchões, o beliche não tinha colchão e o estrado estava quebrado. Com um suspiro fui para a terceira porta que continha duas camas com colchões razoaveis. Na quarta porta tinha apenas o cômodo, não havia móvel algum. A quinta e última porta que encerrava o corredor era o que eu esperava, o banheiro. Não tinha chuveiro apenas o cano por onde saia a água, a privada era nojenta, e velha.
Abri o chuveiro com a esperança que saisse água quente, e para minha alegria a água estava parecendo água de cachoeira. Recuei alguns passos e estendi minha mão para poder fechar o " chuveiro ".
- Arrrrrrgh, papai eu te amo! - exclamei.
Escolhi ficar no quarto que tinha a bi-cama. Levei minhas coisas até ele e coloquei as principais coisas em duas das quatro das gavetas que faziam parte da bi-cama. Quando terminei peguei meu livro e fui para a sala, me ajeitei no sofá - que era confortável por ser tão cafona - abri a página do livro que estava marcada e comecei a ler da página que parei.
Quando fui para o próximo capítulo pude ouvir algumas vozes no hall de meu andar, e fiquei intrigada. Parei a leitura e comecei a prestar atenção nas vozes. Três toques ritmados na porta de meu apertamento me fez levantar rapidamente e atender a minha primeira visita.
Quando abri a porta me deparei com a perfeição. Altura média, olhos castanho claro, cabelo moreno e provavelmente sem pentear, era cheio de brilho o cabelo dele, ele estava sorrindo, um sorriso de encantar o coração mais duro da terra.
- Oi, hmmm... acho que aqui é a minha nova casa - ele olhava pra mim com um olhar matador, e fiquei segundos sem responder.
- Ah, oi.. então... sinta-se em casa, literalmente - estendi a mão que não estava na fechadura da porta para a casa, e em seguida no bolso traseiro de minha calça.
Não percebi a presença da menina ao lado dele, embora ela fosse também muito bonita.
Esperei que eles entrassem e fechei a porta, com um suspiro seguido.
- Podem escolher o quarto de vocês. Estou no segundo quarto do lado direito caso vocês queiram se juntar a mim.
Voltei a me sentar no sofá tentando me concentrar na leitura, e como de esperado, sem sucesso.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

- Deixe que eu te ajude - ele disse de uma forma tão simpática que eu senti que ele queria mesmo ajudar, então soltei minhas malas, e segurei novamente a alça de apenas uma mala -
- Obrigada
- Qual o seu apartamento? - ele estava parado em minha frente com as malas na mão. Eu olhei para o lado tentando me lembrar do numero de meu apartamento, sem resultado.
- Deve ser o apartamento dos jovens.. - disse ele com confiança e andando em direção a uma porta.
A porta era de vidro e estava escrito E P U R R E, devia ter caído um adesivo, ja que as letras eram um tipo de adesivo - era o que parecia - , ele empurrou a porta e a segurou com o pé para que eu pudesse entrar. Devia ser o terréo ali, tinham dois sofás bege e uma mesinha no centro. Na mesinha tinha um vaso com umas flores lindas, na verdade só tinham duas flores, mais ainda assim eram lindas.
O porteiro apertou o botão para que o elevador descesse. Enquanto o elevador não chegava eu olhava ao meu redor. Não tinha nada. N-A-D-A. A não ser os sofas e a mesinha, e claro sem esquecer as flores.
Quando o elevador chegou eu esperei que o porteiro entrasse nele primeiro, e acho que ele esperava a mesma coisa pois os dois ficaram parados olhando um pra cara do outro. Eu não aguentava mais olhar para aquela cara feia dele, então entrei no elevador e encostei minhas costas em uma das "paredes" daquela coisa velha. Ele apertou o numero 5 no elevador, devia ser o numero do andar, devia não, é obivio que era o meu andar.
Eu fitava ao redor, estava um silêncio absoluto. Eu então decide quebrá-lo.
- Então.. ja tem alguém no apartamento?
- Não, mais estão pra chegar - a porta do elevador se abriu, estávamos no 5º andar. Eu sai do elevador logo após o velho. Ele deixou as malas em frente a porta, e olhou para mim.
- Aqui está a sua chave - disse ele tirando uma chave com um chaveiro brega do bolso -
- Ah, obrigada - eu sorri e peguei a chave.
- Tenho que voltar para o portaria, te vejo mais tarde - ele saiu em direção ao elevador e saiu.
Tinha apenas um apartamento na frente do meu. A porta do meu apartamento era escuro e tinha um 5 bem grande alguns palmos abaixo do topo da porta.
Eu girei a chave na porta e ouvi um creck. Virei a maçaneta e entrei, fiquei olhando o apartamento.

domingo, 12 de julho de 2009

Depois de mais ou menos vinte minutos andando eu pude avistar uma pessoa se aproximando de mim, estava vindo na direção contrária. Até que enfim uma alma! Eu apertei o ritmo de meus passos e fui de encontro a pessoa, que pude perceber que tinha.. vamos dizer, uma idade avançada.
- Senhor ? - eu esperava que ele olhasse pra mim, mais ele pareceu não escutar -
- Senhor? - então eu repeti. Ele ainda não tinha me olhado, então eu disse pela terceira vez:
- SENHOR? - disse num tom alto e um pouco arrogante, e o senhor finalmente olhou para mim, com uma cara de assustado. Eu parei de frente pra ele, o que o obrigou a parar de andar também. E por fim ele retrucou -
- Sim? - O senhor sabe onde fica a rua St Paul? St Paul Broowie?
- Ah sim, meu neto mora nela - fiquei esperando por resposta -
- Tudo bem, mais onde ela fica?-
- Ela fica na quadra 69 - disse ele apontando para frente -
- Obrigada - eu sorri em agradecimento ao homem e voltei a andar.
Pude ver uma placa em uma esquina mais ainda estava longe de mais pra enxergá-la. Continuei andando observando a placa, quando estava próxima pude ver o que continha nela: "Travessa 17 com 45, Rua Canion Louver – quadra 17".
Oque? Quadra 69? Mais eu ainda estou na 17! Aaaaaarg, mais 52 quadras a frente, ninguém merece! Nesse projeto de cidade não tem táxi não? Droga!
Enquanto eu andava e observava o que tinha ao meu redor eu senti algo em minha perna, uma coisa peluda, e ao que me parecia pelos não muito longos. Eu tava com medo de olhar, não tinha noção do que era, mas respirei fundo e olhei para baixo.
- Aaaaaaaaaaaaaaaaaaah - eu dei um salto baixo e recuei uns passos para tráz. O cachorro se assustou com meu grito e se afastou de mim.
Ele era nojento. Não tinha um grande tamanho, mais não era pequeno. Era preto e tinha alguns pelos manchados de marrom. Parecia inofensivo, mais nojento de qualquer forma.
Eu me aproximei do cachorrinho e me agaixei, fiquei olhando para ele.
- Oi coisinha - eu pus uma de minhas mãos em sua cabeça e comecei a acariciá-la.
Em menos de um minuto eu me levantei e vontei a caminhar. Eu ouvi um latido e logo imaginei que o cachorro fosse me seguir
. Ótimo, pelo menos uma compahia. Olhei para traz esperando por ele, mas me surpreendi quando o vi ao meu lado.
Voltei a caminhar e como eu ja esperava o cachorrinho estava me acompanhando. Ele era nojento sabe? mais ele me parece tão carente, tão inofensivo que eu gostei dele.
Minha mãe nunca me deixou ter um cão, ela diz que eles dão muito trabalho, fazem muito cocô, e dão muitos gastos. Mas sempre tivemos dinheiro, essa desculpa nunca colou. Deve ser trauma de infância dela, sei la.
Percebi que o tempo passava mais rápido. Enquanto eu andava eu ia brincando com o cachorrinho..
As quadras foram passando... 21.. 28.. 32.. 38.. 45.. 49..53..57..64..
Só mais um pouco Lilly, mais 5 quadras...
Eu corria pela rua com o cachorrinho para me destrair e assim chegar mais rápido a minha nova casa. Agora tinham poucas quadras, o que significa que a minha é uma das últimas.
Cheguei a quadra 68. Parei um pouco e comecei a acariciar o cachorro. Depois de um tempo no qual eu ja estava descansada voltei a andar. Faltava pouco, apenas mais uma quadra.
Eu ja conseguia enxergar a placa que dizia o nome da rua. Abri um sorriso quando cheguei mais perto e pude ler " Travessa St Paul Broowie - quadra 69 "
Aqui estou eu, na bendita St Paul Broowie.
Comecei a andar pela rua com um largo sorriso no rosto. Eu olhava para aos prédios tentando achar o meu. Eles não eram muito altos, tinham oito andares no máximo. Hum.. prédio três. É esse. Ele era branco com umas partes erva-doce. Era bonitinho até. Tinha sete andares.
Eu olhei para a guarita proucurando pelo porteiro. Ele abriu uma janelinha que tinha ali e me olhou com uma feição agradável.
- Lillian Humphrey Adams ?
- Exato.
Ele abriu o portão para mim, eu subi alguns degraus e me encontrei em frente a porta da guarita.
Ele não era novo, o cabelo era grisalho e ele tinha uma barba esquisita, tinha uma "pança de chop", mais ele parecia ser legal.
- Suas malas já chegaram moça - ele saiu da guarita com minhas malas e as colocou no chão -
- Ah, obrigada - eu sorri pra ele e segurei na alça de duas malas, ergui elas e tentei lembrar o numero de meu apartamento.

sexta-feira, 3 de julho de 2009




02. Travessa 17 com 45, R. St. Paul Boowie


Era uma rua escura e bem extensa. Havia prédios altos, muitos prédios, eram feios, mais eles tinha uma certa elegância. Pareciam ser bem antigo, a pintura ja estava desgastada. Havia poucas casas, entre dez construções, sete eram prédios. Andei um pouco, observando as construções.
A maioria dos prédios continha um tapete na entrada escrito " welcome " e o número bem visível.
As casas daqui tem o telhado na forma de "V" de cabeça pra baixo. A casa em si tem a forma de um médio e perfeito quadrado, parece ser pequena por dentro.
Parei em um esquina e olhei para os meus dois lados, mais expecificamente para o chão ao meu lado. Percebi que não tinha nenhuma mala ao meu redor. cadê minhas malas? Eu estava espantada até me lembrar que o lindo e gentil Joe as mandou direto pro meu apartamento. Mas onde é o meu apartamento? Coçei a cabeça, respirei fundo e pensei. Ah claro, o papel. Proucurei em minha bolsa o pequeno papel que tinha o endereço escrito nele. Rua St Paul Boowie, Travessa 17 com 45 - Bellingham. Ok, ja estou em Bellingham e me encontro na 17 com 45, agora basta achar a bendita St Paul.
Percebi que estava parada a um bom tempo e voltei a andar. A rua era estranha, e tinha uma placa em uma esquina onde estava escrito " Travessa 17 com 45, Rua Boulevard F, Quadra 08 de 74 " . Bom.. significa que estou na quadra 08, e que tem mais ... 74 menos 08 é.. Isso! 66 quadras a frente. Ótimo eu não sei qual a minha quadra, e nessa rua de merda não tem ser algum, a não ser um cachorro que não para de me seguir. Calma Lilly, não é hora de se estressar.. é só andar e andar, uma hora vai ter que chegar a St Paul.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Depois de umas duas horas e meia, chegamos a Bellingham. A viagem de ônibus não foi tão boa quanto a do avião, não pelo transporte, mais pelo fato de eu estar com um velha do meu lado, que além de ocupar o banco dela ocupava o meu também, sem contar que ela ronca.
Desci do ônibus e esperei pelo Joe em um banquinho. Levou pouco tempo para ele sair e encontrar seus olhos com os meus. Ele seguiu até o banco onde eu estava e parou de frente pra mim.
- Vamos?- ele disse com uma voz suave
- Claro claro - me levantei e comecei a dar passos lentos, esperando que ele fosse atraz.
- E então, ja tem planos pra fazer até começar suas aulas?- ele estava acompanhando meu ritmo.
- Imagino que aqui não tenha shopping e nem loja de grife, então posso tirar compras de minha lista, e tirando compras de minha lista não me resta nada- disse com desapontamento em minha voz, e me assustei quando lembrei de que não havia shopping ali.
- Na verdade, temos um shopping aqui, mas não é igual os de Miami, tem apenas um Mc Donald's, e uma lojinhas, nada de impressionante.
- Como imaginei - eu bufei mais não deixei que isso abalasse em minha feição.
- A gente pode sair, pra mim te mostrar a cidade sei la... - eu percebi que ele tava sem jeito pra falar. hum... devo encarar isso como um encontro?
- Pode ser. Me empresta seu celular ? - eu estava olhando pra frente, mas pude notar sua incompreensão em meu pedido. Ele tirou o celular de seu bolso e me entregou. Eu anoitei na agenda dele o número do meu celular e devolvi o celular a ele.
- Me liga quando puder - ele pegou seu celular e o colocou novamente no bolso.
- É 17 com 45 certo?
- Positivo, porque?
- Vou te levar até lá, não quero que se perca - vi surgir em seu rosto um sorriso leve.
Continuamos a caminhar, ele ia me dizendo sobre as coisas da cidade conforme íamos passando por essas tais coisas.
O celular de Joe tocou e eu fiquei olhando para os lados fingindo não prestar atenção na conversa, quando ele desligou estava com a cara murcha.
- Lilly, meu vô passou mal, e minha mãe levou ele pro hospital, parece que vão internar ele. Se importa se eu for para o hospital ? - ele me olhou como se eu tivesse que dar alguma permissão a ele.
- É claro que não Joe, vai lá dar um apoio pra sua mãe - estendi uma de minhas mãos ao terminar de falar, e coloquei ela sobre o ombro dele, sorrindo ao apoia-la.
- Eu te ligo Lilly, prometo que ligo - ele encostou levemente seus lábios em minha testa, fazendo com que eu feichasse meus olhos, e depois ele foi embora.
Eu estava na 17 com 45. E fiquei ali, parada, olhando a rua...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Descemos do avião - se é que pode se chamar aquela coisa de avião - e fomos até a lanchonete, estava faminta.
- Minnesota até que é uma cidade legal - disse Joe quebrando o silêncio
- Cidade legal? Qual é, isso aqui não é uma cidade, é um projeto de cidade - destaquei a palavra projeto na frase.
- Ta legal não vamos descutir. O que quer comer? - ele colocou seus braços no balcão da lanchonete e dirigiu seu olhar pra mim.
- Hum... um pão de queijo e uma latinha de fanta laranja.
- Fanta laranja? Não vai pedir um suco ou nada dessas bebidas de menininhas metidas?
- Obrigada pelo rótulo - senti uma pontada de ironia em minha frase e dei um sorriso breve, sem mostrar meus dentes - vou te esperar na mesa, e não, eu não quero suco.
Olhei rapidamente para as mesas que haviam ali e logo avistei uma vazia. Puxei uma cadeira e sentei, coloquei minha bolsa na cadeira que estava ao lado e fiquei esperando pelo Joe, observando ele de longe.
Ele foi se aproximando com uma bandeja, quando chegou à mesa colocou a bandeja sobre a mesa e sentou. Peguei meu pão de queijo e dei uma mordida pequena. Joe abriu minha fanta laranja e a colocou em minha frente.
Depois de comer fomos até a rodoviária. Era estranha, cheia de ônibus, de tudo quanto é tipo, tinha um de dois andares até. Nunca tinha ido a uma rodoviária, nem sequer andado em ônibus, a não ser pelos passeios escolares, mas eu sempre passava mal. Nossos nomes estavam numa lista estranha lá, e lá dizia que deviamos ir para a via de embarque 4. Sinistro.. Quando fomos para esse tal embarque ai um cara disse que podíamos entrar no ônibus já. Joe pegou na minha mão sem entrelaçar os dedos e me levou até a porta do ônibus.Ele parou de frente pra ela e soltou minha mão.
- Primeiro as damas
Sorri pra ele em resposta e entrei no ônibus. Proucurei pelo meu banco e logo o achei. Joe estava conversando com um cara esquisito, dizendo pra onde mandar as malas, eu acho.
Quando Joe voltou percebemos que ele não se sentava ao meu lado, e sim láááá atraz. Ao meu lado sentou uma mulher gorda, uma pirua. Aaaaaaaaaaarg, velha escrota, sai daqui, troca de lugar com meu gatinho, é perto do banheiro, e tem um velho ali por perto. Droga, ela durmiu.
- Mais não imaginei que fosse tão pequena assim - disse num tom meio que monotomo.
- Deixe me adivinhar.. você era de Miami não era? - ele deu mais um de seus sorrisinhos encantadores.
- Uhum...
- Isso explica sua cara de horror – ele imitou minha cara fazendo eu soltar uma risada abafada -Miami.. cidade gigantesca...
- Pois é, e não se esqueça das lindas praias, dos incríveis shoppings, e dos melhores restaurantes.
Nós rimos por um instante, e logo quando ele percebeu de que o assunto estava acabando começou a falar, e imagino que não deu nem tempo de ele pensar no que dizer.
– Mais então.. Essa travessa 17 com 45 é a menos utilizada pelos moradores, fica num bairro distante, e longe de tudo. Quer dizer, menos perto das lojas, padarias, mercados enfim - ele me olhou de uma forma inesplicável, mais encantadora.
Ficamos falando sobre nós, das coisas de que gostavamos, o motivo de eu estar ali - mais é claro que eu não contei do acidente - das músicas do meu mp3, do quanto é ruim ter um mp3. Descobri que ele tinha dezenove anos, e que seu sobrenome é Huston. É engraçado falar Huston. Huston, Huston, Huston..
Finalmente chegamos, ja estava na hora né, mais um segundo naquele avião de pobre e eu pirava.
- Ufa, chegamos vivos. - respirei fundo e olhei pela janela.
A comissária de bordo disse umas coisas mais eu nem prestei atenção, minha preocupação pra sair daquela coisa era grande demais para minha mente fixar-se em algo. Eu e Joe fomos os últimos a sairmos do avião, e quase que eu esqueço minha bolsa; mais Joe é mesmo um cavalheiro.

sábado, 20 de junho de 2009

Proucurei pela minha bolsa pra nela pegar um lenço, e na mesma hora o bonitão do meu lado me olhou e fez uma expressão indescritível e nisso passou uma de suas mãos em meu rosto fazendo com que enxugasse minhas lágrimas.
- Posso ajudar ? - ele perguntou me encarando com a sua linda face
- Eu estou bem, obrigada – dei a ele um sorriso sem mostrar meus dentes, peguei o lenço e me ajeitei no banco.
- Tudo bem então, mais se precisar.. Meu nome é Joe, bom na verdade é Joseph mais costumam me chamar assim, mais me chame como achar melhor - Percebi que ele estava meio sem jeito ao falar, e então não me comportei como sempre, resisti para não ser arrogante com o bonitão, quer dizer com o Joe.
- Oi, eu sou Lilian, mais pode me chamar de Lilly - logo fluiu um sorriso amarelo no meu rosto.
A comissária de bordo começou a falar e eu fechei meus olhos tentando não me concentrar no que ela dizia, odiava escutar essas coisas, mais foi inevitável não ouvir uma coisai.
- ... Bem vindos ao vôo matutino das 6:30, destino, Minnesota. O tempo de viagem é de aproximadamente duas horas. Sem paradas.
- duas horas ? – abri meus olhos e cochichei para o Joe.
- É.. vai ficar em Minnesota ou vai pegar outro avião ?
- Bom, eu vou pegar um ônibus pra uma cidade chamada... beslli, não não, é bellin, ah não sei o nome do pedaço de terra não, mais acho que começa com B – Ele sorriu, que sorriso fascinante
- Seria.. Bellingham, por acaso ?
- Ah, deve ser isso, deixa eu confirmar.. - abri minha bolsa em busca do pequeno papel em que marcava o endereço da onde eu tinha que ir. Peguei o papel e abri anciosamente - é isso ai, mas como sabe? – Olhei pra ele intrigada
- É que, bem, meus pais moram lá, na verdade só a minha mãe, meu pai morreu há quase dois anos, mais eu moro na capital mesmo. – ele fez uma expressão triste, mais parecia haver mais que tristeza ali - estou indo para Bellingham, visita-los.
- hum.. que legal – não sabia o que dizer a não ser "que legal", estava tentando não ser arrogante, afinal precisava de alguem pra ser meu amigo naquele fim de mundo.
- E você, vai fazer o que em Bellingham ? – ele me olhava curioso.
- Ah, eu ganhei uma bolsa para um curso de.. de de um treco lá pra “descobrir quem eu realmente sou e ficar em paz com meu eu interior”, - fiz aspas com as maos e revirei os olhos - Eu tinha que escolher entre NY, LA e MN, e como castigo meus pais me mandaram pra cá.
-Então, já sabe onde vai ficar ?
- Ah sim.. é no.. – olhei novamente no papel em que estava na minha mão – hãm... é na Rua St Paul Boowie, Travessa 17 com 45. Conhece ?
- Conheço sim, mais é bem distante da casa de minha mãe. Quer dizer, a cidade é bem pequena, tem menos de 1.500 habitantes, então não é looooooonge
- O QUE ? – falei num tom mais alto, interronpendo-o – quer dizer.. o que ? - disse mais baixo - credo, além de viver no fim do mundo irei conviver com menos de 1.500 pessoas? nossa, como meu pai é legal, mas tenho de concordar que mereço isso...
– Eu disse que era uma cidade pequena - ele deu mais um daquele seu sorriso encantador

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Suspirei, só mais quatro minutos.. Eu ja estava com o estômago embrulhado só de pensar que daqui a menos de dez minutos o avião iria decolar, tenho muito medo dessa coisa que vôa, medo de que caia, de que exploda, sei la, que eu morra aqui dentro. Minha boca esta seca, do contrário de meus olhos que estão cheio de lágrimas desde a quarta vez em que escuto Welcome to my life. Esse refrão melancólico esta me deixando cada vez mais deprimida, mais não queria escutar uma música em que me deixasse alegre, não queria me enganar, não podia mentir mentir pra mim mesma, tinha que encarar a verdade, de alguma forma eu tinha de aprender, tinha de crescer, e isso irá me ajudar.
Não me aguentei por mais tempo, antes que o avião pudesse partir, eu desabei em lágrimas. Como eu posso ser tão estúpida? Qual o nível de estúpidez para alguem que é culpado pela morte de duas pessoas queridas? Perdi a pessoa em que mais confiava nesse mundo, e a pessoa em que eu realmente estava amando, cara não tem perdão pra isso, não tem castigo que irá me castigar pelo meu erro. Pensando por outro angulo, mereço ir pra Minessota, mereço ir pra Marte, pra Jupter, pra Vênus, pro inferno. Mereço muito mais que isso, mereço passar o resto de minha vida sozinha. Mas o que adianta me culpar se a culpa foi do carro em que bateu com o meu? ele quem estava na contra mão, o motorista do outro carro que estava embriagado, não tenho culpa se meus melhores amigos morreram, mais ainda assim me culparei, ainda assim mereço esse castigo, foi eu quem disse pra eles irem comigo pra balada, maldita balada.
Agora estou indo pra Minessota, morar com pessoas estranhas, que podem ser serial killers, sou obrigada a ver minha mãe desabando em lágrimas, e sofrendo por um erro meu, por insistência minha de levar eles comigo, antes tivesse ido sozinha.
Olhei novamente o relógio, agora marcava 6:29h, só mais um minuto
espero qe não seja um velho babão, nem um gordo babão, nem um velho gordo babão. e se roncar e achar que eu sou seu ursinho de pelúcia, igual em desenhos animados ? credo, melhor deixar pra la. Começei a vasculhar o que tinha na bolsinha em que minha mãe me entregou tirando cada coisa que havia dentro e colocando no meu colo. Han.. RG, celular vagabundo, fone de ouvido, rémedios para dor de cabeça, pra cólica, pra aler... PERA AI, fone de ouvido? puxei o fone até que meu pequeno e velho mp3 minúsculo e azul apareceu, bateria recarregada e músicas atualizadas ah como eu amo a minha mãe! Liguei a reliquia e comecei a passar as musicas, evitando as que me deixavam mais pra baixo ainda.. Paramore, Simple Plan, Taylor Swift, Miley Cyrus, Jonas Brothers, McFly... enfim achei uma música: Paramore, Franklin. Apertei play e começou a tocar, me acomodei no banco, encostei a cabeça, fechei os olhos e comecei a ouvir, deixando os pensamentos de lado. Ah que música linda, a voz da Hayley tranquiliza qualquer um. Ela começou a cantar e eu logo me empolguei..
- Could you remind me of a time when we were so alive, do you remember that, do you remember that - Senti que estava cantando um pouco que alto, mais continuei..
- Com licença ? – perguntou uma voz masculina qe me fez parar de cantar e abrir os olhos.
- Sim ? – perguntei enquanto enquanto tirava o fone de meu ouvido. Ai cacetada, será que cantei alto de mais e encomodei ele? será que minha voz é tão horrível assim que ele vai me pedir pra parar de cantar? cala a boca Lilian e preste atenção no que esse cara irá dizer.
- Essa cadeira é qe numero ? - ufa, menos mal perguntou enquanto tentava ver o numero que estava apagado ao lado da cadeira dele.
- Bom.. a minha é 23, então a sua deve ser 24.
- Ah, então é aqui mesmo! obrigado – ele sorriu.
Cara que sorriso lindo, ele é.. perfeito. Um pouco alto, moreno de olhos e cabelo castanho claro, o cabelo dele não era tão curto, mais não tão longo, o cabelo tava bagunçado mas mesmo assim era lindo demais. Pelo menos não é nenhum velho gordo, e espero que ele não babe, mais se ele me agarrar pensando que sou seu ursinho de pelúcia não irei me importar nem um pouco.
Coloquei novamente o fone em meu ouvido, e como esperava a música ja estava no fim, droga.
Olhei o relógio, marcava 6:26h.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

chegamos no aeroporto, olhei no relógio, eram 5:30h e eu nem tinha se quer durmido direito
- Você..você tava falando serio não é ? - meus olhos encheram de água enquanto olhava pro meu pai, que desviava o olhar evitando olhar nos meus olhos.
- sim, estava. – ele me entregou uma sacola de tamanho médio, na fúria em que ele estava pensei que fosse uma bomba, um rato, sei la, não veio nada em minha cabeça em que o tinha la dentro era uma coisa boa. Matei minha curiosidade e fuxiquei a sacola onde encontrei uma calça jeans, uma blusa verde clara que acompanhava um casaco branco, um par de meias e um all star azul marinho. Depois me me entregou uma bolsinha, a bolsinha que eu levava a tudo quanto é lugar comigo, la tinha minha escova de dentes, uma pasta e minhas maquiagens a que
– Vai ao banheiro, se troque, se.. arrume. Iremos te esperar aqui. Suas malas estão no avião, seu vôo sai daqui a uma hora, portanto seja rápida.
Fui ao banheiro, pus as peças de roupas que estavam na sacola, lavei meu rosto, escovei meus dentes, passei uma leve maquiagem e por fim fiz um rabo de cavalo baixo. Fui ao encontro de meus pais que me esperavam no café do aeroporto. Eles estavam em silêncio.
- Voltei. – disse tentando quebrar o gelo e sentando entre eles.
- Minha filhinha!!! – disse minha mãe, enquanto mergulhava seu rosto novamente em lágrimas. -Olhe, aqui tem seu RG, um cartão de credito e um celular. Seu cartão de credito tem limite de vinte mil dólares, é pro ano inteiro. Ano qe vem eu coloco mais dinheiro. Você já pode entrar no avião – apontou para um avião grande, com pessoas entrando, olhei para o relógio, marcava 5:58h – aqui está a passagem e o endereço. – ela tirou um papelzinho da bolsa e me entregou “Rua St Paul Boowie, Travessa 17 com 45, prédio 2 apto 5. Hum....
Quando eu ia saindo minha mãe me puxou pelo braço.
- Filha, eu sei que você não vive sem suas roupas então eu arrumei suas malas - ela sorrio sem mostrar os dentes - na mala vermelha estão as roupas de calor, na mala azul estão as roupas de inverno, na mala verde estão as roupas mais normais, como você diz – ela soltou uma risadinha – e na mala laranja estão os sapatos. Boa sorte minha filha, eu te amo muito – Ela me agarrou, quase me sufocando, mais eu gostei. Agora nós chorávamos. Eu ia sentir saudade dela. Então chegou a hora de eu entrar no avião, sempre tive medo de andar nesse negocio com duas asas, mais agora andar de avião era o problema mínimo de minha vida. Papai escolheu um avião bem vagabundo, não tinha TV e as cadeiras eram duras, um pouco mais macia que as da delegacia, mais ainda assim eram duros, e a cadeira ao meu lado estava vazia Aaaah meu Deus...
voltei meu olhar pra minha mãe, eu ja estava juntando os fatos, mais só até a parte em que eu bati o carro, afinal não lembrava de nada. Abri a boca para incentivar minha mãe a falar, mais antes que pudesse dizer alguma coisa ela desembuchou...
- Olha Lilian, não sei como te contar isso, então vou ser o mais breve possível. Ela tentava conter o seu choro, mais ainda escorriam pela sua face indesejáveis lágrimas. - você foi a uma balada com seus amigos, e na volta você tava no volante.. mais você perdeu o controle e bateu contra um outro carro, no qual haviam um casal e duas crianças. As duas crianças que estavam no outro carro morreram. - Disse pausadamente cada palavra. Mais ela está me escondendo algo, eu sei.
- E que mais?... fala mãe, eu preciso saber!
- Bom, é que.. seu namorado.. ficante né ? – ela abriu um sorrisinho de canto, disfarçando a tristeza – bom ele estava no banco de traz junto com sua amiga, a Jéssica e..
- Não precisa dizer mais nada, isso já é o suficiente. – sentei na cadeira dura da delegacia, abaixei minha cabeça atolando ela em minhas mãos, e não me conti. As lágrimas escorreram de meu rosto contra minha vontade, meu coração se apertou de tal forma que pensei que ele iria parar de bater naquele exato momento, não conseguia respirar, me faltava o ar. Eu estava soluçando de tanto chorar, meu rosto inchado, minha conciência pesada. porque não eu no lugar deles? porque? eu os matei, eu tirei a vida deles, da minha melhor amiga, e do menino que eu amava. Eu sou uma inutil, uma monstra. Não conseguia pensar em mais nada a não ser em como seria minha vida daquele dia em diante. Não iria superar nunca o fato de eu ser uma assassina. Foi então que ouvi a voz da minha mãe....
- Lembra que você consegiu um estágio em Nova York, Los Angeles e Minnesota ?
- Hãn ? - Minha mãe começou a chorar desesperadamente, soluçando. - É que agora seu pai vai te mandar para Minnesota, Bellingham, você vai morar com alguns estudantes e fazer a bolsa de.. de dois anos.
- Oque? Não, ele não pode fazer isso, você não pode deixar ele fazer isso! - eu chorava sem pausas, foi então que me pai voltou e agarrou meu braço sem muita força, e foi me arrastando até o carro. Ele abriu a porta traseira e então me soltou, empurrando devagar minhas costas forçando eu entrar no carro e então fechou a porta.
Eu fui observando o caminho, sem capacidade para pensar no que havia acontecido, e muito menos para pensar para onde ele estava me levando. Foi então que ele entrou em um estacionamento e eu reconhei o lugar aeroporto aaarg.

O1- O Castigo.

acordei e olhei a minha volta, não via nada que me dissesse onde eu estava, até que vi um homem alto, cabelhos escuros, forte, estilo bombado, com uma roupa azul, e me lembrei da ultima vez que estive aqui.. porque, porque eu estou na delegacia ?
- Ér, mãe ? - perguntei tentando encontrá-la com meu olhar, estava sonolenta e com a voz mole.
- Sim Lilly.. - respondeu com voz horrível, uma mistura de choro e preocupação.
- Bom, é.. o que.. o que que aconteceu ? –minha voz falhava enquanto eu tentava montar uma frase, e eu gaguejava.
- Você não se lembra não é Lilian ? - disse meu pai, ele estava a minha frente, tampando o que fosse que eu pudesse enchergar atraz dele. Eu ergui levemente meu rosto para poder encherga-lo, mas a luz atrapalhava minha visão.
- Na.. não, pai, eu.. eu não me lembro.- e realmente não me lembrava, tentei revirar minha memória, chegou até a doer o cérebro, mais não me vinha nada do que havia acontecido na noite passada. Agora toda a delegacia olhava para mim, olhei a minha volta e pude ver um homem me olhando, os olhos deles cheios de pena. É isso, eles estavam com pena de mim, mais afinal, o que eu fiz ? porque eu estava numa delegacia ? abaixei a cabeça para poder ver a roupa que eu estava, eu estava vestida com uma saia xadrez vermelha pra cima do joelho - bem pra cima- , meio queimada nas pontas e uma blusa simples e branca, manchada, suja e rasgada, eu estava descalça. Subi minha mão lentamente até meus cabelos, e os apalpei, percebi que estava totalmente bagunçado, embaraçado, e.. molhado; mas não era a água que meu pai me jogou, era suor, eu estava suando como uma porca, fiz uma breve cara de nojo, e então quebrei o silêncio.
- Alguém.. alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui ? – disse me levantando e olhando a volta. os policiais me olhavam com o mesmo olhar que aquele homem, com pena. Dirigi meu olhar para minha mãe, esperando por respostas...
- Você.. – começou meu pai, olhando incrédulo para mim, ele balançou a cabeça como se algo o interrompesse de falar, fechou as mãos firme, não deu para descrever sua feição antes que ele se virasse e começasse a andar, de um lado para o outro.
- Filha.. – começou minha mãe – você e seus amigos saíram ontem, você estava na direção do carro e.. na volta.. – minha mãe simplismente parou de falar, abaixou a cabeça e vi saindo de seus olhos lágrimas, muitas lágrimas. ouve um silencio horrível. eu decidi falar.
- Bati o carro ?
- Bom, foi sim filha.. mais... – outro silencio se fez, eu a olhava, esperando uma resposta, ela estava mordendo seus lábios, e com as mãos tremendo. Parei com meus olhos nas roupas em que ela vestia para pensar, mais não conseguia pensar em nada. Percebi que ela estava de pijama, e fiquei ainda mais confusa, heeeey, pera ai, minha mãe de pijama? olhei rapidamente para o relógio e ali marcava 4:43h da manhã.
- Prólogo:

geralmente meus pais me dão sermões, ou me deixam sem sair de casa, mexer no computador ou usar o telefone, castigos básicos de pais sem criatividade.mais dessa vez foi diferente..eu me lembro de acordar no banco duro de uma delegacia, com alguém jogando água fria em mim. No começo estava tudo embaçado, mais depois eu pude enxergar melhor. Meu pai estava parado na minha frente, com os braços cruzados, me olhando seriamente, eu podia ver desapontamento em seu olhar.. ele segurava um copo vazio na mão , e minha mãe.. ela estava do meu lado, chorando.. eu não estava entendendo nada, absolutamente nada."


obs: postarei os pensamentos em cinza
- sinopse: Lilly era uma garota normal de Miami, rica e mimada. Depois de um grave acidente de carro, Lilly tem que se mudar para Bellingham, uma cidadezinha no interior de Minnesota, onde irá dividir um pequeno apartamento com seis pessoas e dois cães, com quem descobrirá a amizade e o verdadeiro amor.

- tradução: SÓ PARA VER VOCÊ SORRIR.

- gênero: Comedia/Romance.

- censura: não coloco, cada um sabe o que lê.