terça-feira, 30 de junho de 2009

Depois de umas duas horas e meia, chegamos a Bellingham. A viagem de ônibus não foi tão boa quanto a do avião, não pelo transporte, mais pelo fato de eu estar com um velha do meu lado, que além de ocupar o banco dela ocupava o meu também, sem contar que ela ronca.
Desci do ônibus e esperei pelo Joe em um banquinho. Levou pouco tempo para ele sair e encontrar seus olhos com os meus. Ele seguiu até o banco onde eu estava e parou de frente pra mim.
- Vamos?- ele disse com uma voz suave
- Claro claro - me levantei e comecei a dar passos lentos, esperando que ele fosse atraz.
- E então, ja tem planos pra fazer até começar suas aulas?- ele estava acompanhando meu ritmo.
- Imagino que aqui não tenha shopping e nem loja de grife, então posso tirar compras de minha lista, e tirando compras de minha lista não me resta nada- disse com desapontamento em minha voz, e me assustei quando lembrei de que não havia shopping ali.
- Na verdade, temos um shopping aqui, mas não é igual os de Miami, tem apenas um Mc Donald's, e uma lojinhas, nada de impressionante.
- Como imaginei - eu bufei mais não deixei que isso abalasse em minha feição.
- A gente pode sair, pra mim te mostrar a cidade sei la... - eu percebi que ele tava sem jeito pra falar. hum... devo encarar isso como um encontro?
- Pode ser. Me empresta seu celular ? - eu estava olhando pra frente, mas pude notar sua incompreensão em meu pedido. Ele tirou o celular de seu bolso e me entregou. Eu anoitei na agenda dele o número do meu celular e devolvi o celular a ele.
- Me liga quando puder - ele pegou seu celular e o colocou novamente no bolso.
- É 17 com 45 certo?
- Positivo, porque?
- Vou te levar até lá, não quero que se perca - vi surgir em seu rosto um sorriso leve.
Continuamos a caminhar, ele ia me dizendo sobre as coisas da cidade conforme íamos passando por essas tais coisas.
O celular de Joe tocou e eu fiquei olhando para os lados fingindo não prestar atenção na conversa, quando ele desligou estava com a cara murcha.
- Lilly, meu vô passou mal, e minha mãe levou ele pro hospital, parece que vão internar ele. Se importa se eu for para o hospital ? - ele me olhou como se eu tivesse que dar alguma permissão a ele.
- É claro que não Joe, vai lá dar um apoio pra sua mãe - estendi uma de minhas mãos ao terminar de falar, e coloquei ela sobre o ombro dele, sorrindo ao apoia-la.
- Eu te ligo Lilly, prometo que ligo - ele encostou levemente seus lábios em minha testa, fazendo com que eu feichasse meus olhos, e depois ele foi embora.
Eu estava na 17 com 45. E fiquei ali, parada, olhando a rua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário